O Rock 80 Brasil está no divã

O Rock Anos 80 não morreu (e está bem longe disso), mas está no divã. É isso mesmo! O jornalista André Luiz Molina está lançando o livro “O Divã do Rock Brasileiro – a música da década de 80 por quem esteve por lá” (Editora Compactos). Neste livro, Molina reúne entrevista que fez com grandes nomes do nosso Rock 80 Brasil, como Lobão, Nasi, Roger Moreira, Tony Belloto, Evandro Mesquita e mais um punhado de gente boa. Pra quem gosta de rock nacional (e pra quem não gosta também), um prato cheio. Confira abaixo a entrevista que o blog Rock 80 Brasil fez com o autor:

Como surgiu a ideia de fazer o livro "No Divã do Rock Brasileiro"?
André - Comecei a fazer entrevistas com importantes nomes do rock brasileiro para sites e alguns jornais em 2003. Com o tempo consegui acumular um bom conteúdo, com informações exclusivas e que considero importantes para a história do estilo. Em seguida realizei entrevistas próprias para a obra e fiz um mapa do rock nacional no país, tendo como base a década de 80. Por achar que o rock teve grande importância na minha formação, achei que deveria elaborar um trabalho.

Já existem alguns livros que tratam do rock nacional, como Dias de Luta, do Ricardo Alexandre, e BRock, do Arthur Dapieve. Qual diferença de seu livro neste tema?
André - O "Divã" não só cobre o eixo Rio/São Paulo e Brasília com ênfase. Para diferenciar procurei fazer justiça a algumas regiões, como o Sul. Coloquei nomes paranaenses como Blindagem e Eduardo Paraná no mapa do rock brasileiro, além da cena punk paranaense. Também recordei do Serguei, o nosso roqueiro mais antigo que não se enquadra nem na década de 60, 70 ou 80, e por isso não deve ser excluído.

Na sua opinião o rock brasileiro dos anos 80 é desvalorizado pela atual geração?
André - Hoje acho que até tem um respeito maior. O rock era visto como música de criança pela geração da MPB da década de 60 e 70. Após Caetano gravar uma canção do Cazuza, a mentalidade acabou mudando. Hoje uma parte da nova geração até curte, mas a onda mercadológica é o sertanejo.

O rock nacional está morto?
André - Morto não está, mas já esteve muito melhor. Hoje acho que adquiriu novamente o status de estar a margem dos outros estilos. Surgem muitas bandas de qualidade todos os dias, mas não existe projeção. A internet divulga, mas segmenta. Quem levanta a bandeira com mais ênfase é o Capital Inicial, que se atualizou e assumiu o posto da elite do rock brasileiro. Se tornou uma banda antenada com a nova geração.

Pretende escrever outros livros sobre esta temática?
André - Se surgir outras oportunidades espero poder escrever. De repente explorar o rock brasileiro da década de 70 que é carente de informações e tem bandas de muita relevância estética. Adoraria fazer uma biografia da transição entre Incríveis e Casa das Máquinas, por exemplo.

Blog Rock80Brasil

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